Ufal e Sociedade 241 - Mulheres na Ciência
Entrevista Marília Goulart, que relembra momentos marcantes de sua trajetória na ciência, desde sua chegada à Ufal em 1977 até os prêmios e reconhecimentos conquistados.
Como é possível construir uma carreira científica sólida, superar desafios e abrir caminhos para outras mulheres, tudo isso conciliando maternidade e pesquisa? Essa é a reflexão central do Ufal e Sociedade desta semana, que recebe a professora Marília Goulart, uma das pesquisadoras mais premiadas e reconhecidas da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
Na entrevista, Marília relembra momentos marcantes desde a sua chegada à Ufal, em 1977, quando começou a ajudar a estruturar a pesquisa na instituição. Ao lado do marido, o também professor emérito Antônio Euzébio Goulart Santana, participou da criação e do fortalecimento de laboratórios, da implantação de programas de doutorado e de iniciativas pioneiras que marcaram o desenvolvimento científico da universidade.
Entre as histórias, ela conta como trouxe a Alagoas a cientista e arte-educadora Fayga Ostrower, polonesa judia que chegou ao Brasil fugindo do nazismo e construiu uma carreira internacionalmente respeitada. A palestra, realizada em parceria com a professora aposentada de Arquitetura Maria de Fátima Campelo, foi um marco cultural e acadêmico para a época.
Marília também fala dos desafios de ser mãe e cientista, lembrando que amamentou o primeiro filho enquanto escrevia a qualificação do doutorado e levava o segundo nas viagens e atividades da tese. Ela destaca o apoio que recebeu para continuar na carreira e reforça que nenhuma conquista foi individual, mas fruto do trabalho coletivo de equipes dedicadas.
Ao longo da conversa, a professora recorda prêmios importantes, como o Prêmio Jovem Cientista, recebido em 1984, que teve grande repercussão na imprensa nacional e inspirou jovens estudantes a seguir na pesquisa. Com uma trajetória marcada por dedicação, pioneirismo e incentivo a outras mulheres, Marília se tornou um exemplo vivo da importância da presença feminina na ciência.
Ouça e inspire-se com a história dessa mulher que ajudou a escrever parte da história da Ufal e continua motivando novas gerações de pesquisadoras e pesquisadores.
Locução: Lenilda Luna
Produção: Cecília Calado
Operação de áudio: Helder Melo
Direção técnica: Edilberto Sandes (Brother)
Disponível no site da Rádio Ufal e na sua plataforma de áudio favorita.