Estudante da Ufal mobiliza luta antirracista
A denúncia da agressão racista sofrida por Taynara Silva ampliou o debate sobre o tema na sociedade alagoana
No dia 4 de fevereiro, exatamente no dia do aniversário de 25 anos, Taynara Silva, que é estudante de Letras na Ufal e professora da rede privada de ensino, estava em sala de aula quando sofreu uma agressão racista por parte da diretora da escola, diante de seus alunos e alunas.
Racismo é crime e os estudantes se dispuseram a realizar um protesto no dia seguinte, em apoio à professora. A denúncia foi ampliada pelas redes sociais e alcançou apoio nacional e internacional. Com isso, os movimentos sociais formaram uma Frente Antirracista em Maceió para denunciar crimes de racismo.
Durante a reunião realizada na OAB, nesta quinta-feira (13), Taynara declarou que, "nós, mulheres negras, não podemos escolher não lutar hoje. Sofremos racismo todos os dias. Nos tiraram da senzala e nos jogaram na favela. Não quero ocupar o lugar do branco, quero acabar com a casa grande. Eu, que sou feminista negra classista, me sinto na obrigação de lutar por aquelas que não tiveram oportunidade de ter educação, por aquelas que não tem voz, que são invisibilizadas"
Edição de áudio: Edilberto Sandes (Brother)
Texto: Lenilda Luna